segunda-feira, 27 de maio de 2013

CONDOMÍNIO: UM PESADELO TAMANHO FAMÍLIA

Vivemos numa época de grandes transformações sociais e com essas, muitas preocupações fustigam as famílias da classe média. Uma delas é a das elevadas e desproporcionais taxas de condomínio dos prédios de apartamentos e dos parques residenciais.
As justificativas são sempre as mesmas: encargos trabalhistas dos servidores e o custo operacional de manutenção. Eventualmente, até de reformas gerais.
Em qualquer dos casos, se você é proprietário, obviamente já sabe que está pagando, e caro, para morar no que é seu! Exatamente, num imóvel comprado, na maioria das vezes, com o suor do seu trabalho investido no chamado sonho da casa ou do apartamento próprio.
Isto é um dos maiores absurdos, para não dizer abusos vigentes no país.
Claro está que o condomínio, há muito deixou de ser uma taxa para se transformar, guardadas as devidas proporções, em aluguel.
Para ser franco, trata-se de um imposto camuflado que vem penalizando a população como um todo.
Seja em casa ou apartamento, junto com o IPTU, eles têm um peso enorme no orçamento familiar, e passou a exercer uma pressão significativa sobre os índices de inflação, tão séria a ponto de ser insuportável arcar com os custos de porteiros, zeladores, seguranças, e por aí vai.
O custo social disso é terrível e só não enxerga quem não quer. Sem falar nas famigeradas cotas extras que, volta e meia assustam pegando os moradores de surpresa.
Daí, os índices de inadimplência só vêm aumentando, gerando uma crise social surda que o governo insiste em ignorar.
Ameaçado de perder seu imóvel, por ser impossível pagar o que deve, principalmente se o sujeito perder o emprego de repente; ou ainda ser obrigado a lançar mão de parte do orçamento familiar, a fim de atender a alguma súbita emergência, o jeito é apelar para malabarismos, cortando gastos essenciais para tentar sobreviver.
Em contrapartida, as administradoras querem o dela e, em muitos casos, para atingirem as estimativas de faturamento, agem com insensibilidade e empregam até certa dose de dissimulada crueldade. Fazem isso através de um organizado corpo jurídico frio e desumano.
Bem, pagando “aluguel” para morar no que é seu, na ponta do lápis, isto é, no fim de certo número de anos, a soma de toda essa dinheirama dará para comprar outro imóvel!!! Durma-se com um barulho desses!
Ainda não foi feita uma radiografia criteriosa e responsável sobre a questão, de norte a sul do país por parte do governo que  permanece omisso e indiferente diante dessa aflição social e os consequentes impactos sobre a inflação que continua maquiada por índices fictícios, já que a prioridade máxima acha-se focada  no seu controle.
Seja como for, uma coisa é certa: quem descobrir um meio de zerar a taxa condominial sem desagradar a gregos e troianos, ficará bilionário.
Existe solução para o angustiante problema? Claro! Só é preciso vontade política, empenho e criatividade.
Mas ao tentar fazer o dever de casa, o governo vai acabar ficando de saia justa.
No entanto, caso resolva enfrentar com destemor esse pesadelo nacional, permitirá a classe média continuar sustentando o sonho de uma qualidade de vida melhor.
E olha que a nossa distinta presidenta Dilma veio a público dizer que espera dobrar a renda per capita do brasileiro nos próximos anos!
O primeiro passo poderia ser a criação de um fundo bancário específico, uma loteria ou outra providência qualquer, urgente e imediata, a fim de provocar um suspiro de alívio e diminuir a preocupação daqueles ou daquelas que são obrigados a fazer milagres para conseguir fechar as contas domésticas mensais.
Ora, se o governo levasse em consideração todos esses complicadores, o sistema habitacional do país com certeza sofreria uma reviravolta, mudando totalmente de perfil.  A começar pela fiscalização das contas condominiais que passaria para o controle governamental, a fim de impedir a sonegação do imposto de renda. Além de outras medidas a serem pensadas, tendo sempre em vista a máxima conveniência social.
Acredito piamente que, se a presidenta Dilma Rousseff anunciar à população haver encontrado a saída honrosa capaz de minimizar as aflições da população neste campo específico, com toda a certeza terá sua reeleição garantida.

                                                                                                                          Roberto Vassallo

Publicado no "Jornal da Região", edição de nº  1.221 - 24 de abril de 2013.  

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